Descrição

p strong Ao perfazer um arco de quase setenta anos de produção, em Não pararei de gritar /em reúne poemas que tematizam, com coragem e urgência, a desigualdade racial brasileira. /strong /p p Senhores/ O sangue dos meus avós/ Que corre nas minhas veias/ São gritos de rebeldia , declara Carlos de Assumpção no emblemático Protesto . Escrito em 1956, o poema causou furor quando foi apresentado ao público pela primeira vez, na Associação Cultural do Negro, em São Paulo. Seus versos reescrevem a diáspora africana e denunciam um Brasil que traz na sua origem as marcas da injustiça, da desigualdade e da discriminação social. Décadas mais tarde, sua atualidade se mantém. br / Com dor e revolta, mas também com vitalidade e esperança na construção de um país mais justo, a poesia de Carlos de Assumpção é um testemunho poderoso sobre os tempos em que vivemos, um símbolo de luta contra o silenciamento e a opressão histórica. /p p Esta edição conta com organização e posfácio de Alberto Pucheu. /p p Esta publicação mostra a potência de seguir os caminhos trilhados por quem já rompeu muitos silêncios. Além de um presente para as próximas gerações, é canção para sonhar liberdades. Djamila Ribeiro /p